Operação Mãos Limpas

Abro espaço para externar uma indignação com a educação política: cidadão/ã e elites dirigentes do Brasil.
Brasil, país do futuro é o que se ouvia desde muitos tempos. A comunidade internacional começa a reconhecer que a “hora é agora” (do Brasil) e tanto diz que muitos brasileiros começam a acreditar. Entretanto, o “bonde da história” que passa e o Brasil pretenderia subir seria apenas para a economia, pois a concentração de renda, o IDH (índice de desenvolvimento humano) e a educação política não indicariam mudanças no curto, ou mesmo médio, período de tempo. Aliás, para a educação política o Brasil tem elevado índice de analfabetos, sendo o pior tipo de analfabeto, conforme Brecht.
É quase desanimo o sentimento do cidadão que exerce cidadania quando toma conhecimento de mais uma esperta manobra de sustentação política de mandatários do poder executivo. A recente denuncia pela policia federal para o Governador do Distrito Federal com a “boca na botija”, ou “mão na massa”, na distribuição de propinas para si e para a base de sustentação política é estarrecedora, sabotando a tese de que o futuro já chegou no Brasil. Mas esse futuro todos conhecemos e não é o que a sociedade desejaria. Mais um “mensalão”, agora do sacripanta DEM, ex-PFL, ex-Arena, e de tantos outros que ainda não conhecemos, apontaria que algo sério precisaria ser feito. Mas quem poderia fazê-lo? Pode-se esperar alguma coisa das instituições brasileiras? O Poder Judiciário estaria à altura dessa “revolução”?
A sociedade gostaria de ver um político desse tipo – José Arruda, Gov.DF - renunciando ao cargo, processado, julgado e condenado. Entretanto, não é isso que se verá. O Poder Judiciário e Legislativo, nesse caso, e até se estenderia para todo o país, é frágil e, em muitos casos, conivente com essa situação que parece não ter fim. Uma “operação mãos limpas” como da Itália seria quase um sonho para o Brasil, pois prescindiria de um Poder Judiciário integro e comprometido coma cidadania. O magistrado no Brasil é cidadão acima da constituição, em termos de direitos (60 dias de férias, por exemplo). Não é cidadão igual a qualquer um. Talvez uma revolução popular cortando, literalmente, muitas cabeças, derramando sangue na lamina da guilhotina imponha respeito ao povo pelas elites dirigentes!? E, ou, o cidadão, cidadã, se educar politicamente, contando com o fator tempo, aprendendo que votar é um ato racional, não emocional e sustentado na seleção de plataformas de programas políticos bem definidos. Enquanto isso não ocorrer o Brasil permanece na eterna condição de berço esplendido à espera desse futuro difícil de alcançar e que parece estar logo ali... Entretanto, junto fileiras com todos aqueles interessados em contribuir para essa “educação política”. É luta permanente!

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