Ferramentarias precisam se unir
Fonte: < www.usinagem-brasil.com.br >
(12/09/2010) - Estima-se que no Brasil existam entre 4 e 6 mil ferramentarias, grande parte delas microempresas familiares. Trata-se de um segmento importante da indústria brasileira que, no entanto, em termos associativos, tem pouca representatividade - o que seria de grande importância em momentos como atual, quando o setor sofre forte concorrência externa, sem contar que recentemente uma medida governamental abriu a importação inclusive de moldes usados.
A opinião acima é de Alexandre Fix, presidente da CSFM - Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da Abimaq, que observa que a própria câmara que preside conta com apenas 45 associados, número que não chega a 1% das empresas do setor.
Fix conta que desde que assumiu o cargo, em novembro passado, tem procurado sensibilizar os empresários do setor da necessidade de se aumentar a representatividade. “Existem outros grupos de ferramentarias no País, em especial nos pólos do Sul do País, em Joinville e em Caxias do Sul. Outro grupo também se reúne na Abifa (que reúne o setor de fundição)”, informa. Na opinião do presidente da CSFM, o ideal seria unir esses grupos para fortalecer o setor. “Estivemos numa feira em Joinville há algumas semanas e fizemos essa proposta aos grupos do Sul do País. A intenção não é incorporá-los. Oferecemos vagas a esses eles em nossa diretoria”.
O presidente da CSFM observa que, embora hoje o mercado para as ferramentarias esteja positivo na maioria dos subsegmentos, puxado principalmente pelos novos projetos da indústria automobilística, os prognósticos para o futuro não são bons. “A importação de moldes da Ásia, particularmente da China, tende a crescer”, afirma. “Com o agravante de que os moldes chineses estão melhorando em termos de qualidade”.
Para o dirigente empresarial, a concorrência chinesa é predatória, na medida em que se vale do menor preço, em parte garantido pelo câmbio atual, somado aos custos menores na China do aço e da mão-de-obra. “O molde chinês chega a custar metade do preço de um similar fabricado no Brasil”.
Fix lembra ainda que a importação de moldes usados abre a possibilidade de fraudes. “Após a realização de testes e deixado um único dia ao tempo um molde já adquire o aspecto de usado”, explica. “A entidade já se reuniu com o ministro do Desenvolvimento na tentativa de mostrar o absurdo desse pleito (a importação de moldes usados), mas está difícil convencer o governo”, lamenta.
Esse conjunto de fatores, na opinião do presidente da CSFM, pode levar a uma brutal redução do número de ferramentarias no Brasil. “Esse não é um fenônemo nacional”, frisa. Esse filme já passou em termos países. “Na Europa, ano a ano vem diminuindo o número de ferramentarias. Nos Estados Unidos, o setor diminuiu a olhos vistos”, afirma.
(12/09/2010) - Estima-se que no Brasil existam entre 4 e 6 mil ferramentarias, grande parte delas microempresas familiares. Trata-se de um segmento importante da indústria brasileira que, no entanto, em termos associativos, tem pouca representatividade - o que seria de grande importância em momentos como atual, quando o setor sofre forte concorrência externa, sem contar que recentemente uma medida governamental abriu a importação inclusive de moldes usados.
A opinião acima é de Alexandre Fix, presidente da CSFM - Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da Abimaq, que observa que a própria câmara que preside conta com apenas 45 associados, número que não chega a 1% das empresas do setor.
Fix conta que desde que assumiu o cargo, em novembro passado, tem procurado sensibilizar os empresários do setor da necessidade de se aumentar a representatividade. “Existem outros grupos de ferramentarias no País, em especial nos pólos do Sul do País, em Joinville e em Caxias do Sul. Outro grupo também se reúne na Abifa (que reúne o setor de fundição)”, informa. Na opinião do presidente da CSFM, o ideal seria unir esses grupos para fortalecer o setor. “Estivemos numa feira em Joinville há algumas semanas e fizemos essa proposta aos grupos do Sul do País. A intenção não é incorporá-los. Oferecemos vagas a esses eles em nossa diretoria”.
O presidente da CSFM observa que, embora hoje o mercado para as ferramentarias esteja positivo na maioria dos subsegmentos, puxado principalmente pelos novos projetos da indústria automobilística, os prognósticos para o futuro não são bons. “A importação de moldes da Ásia, particularmente da China, tende a crescer”, afirma. “Com o agravante de que os moldes chineses estão melhorando em termos de qualidade”.
Para o dirigente empresarial, a concorrência chinesa é predatória, na medida em que se vale do menor preço, em parte garantido pelo câmbio atual, somado aos custos menores na China do aço e da mão-de-obra. “O molde chinês chega a custar metade do preço de um similar fabricado no Brasil”.
Fix lembra ainda que a importação de moldes usados abre a possibilidade de fraudes. “Após a realização de testes e deixado um único dia ao tempo um molde já adquire o aspecto de usado”, explica. “A entidade já se reuniu com o ministro do Desenvolvimento na tentativa de mostrar o absurdo desse pleito (a importação de moldes usados), mas está difícil convencer o governo”, lamenta.
Esse conjunto de fatores, na opinião do presidente da CSFM, pode levar a uma brutal redução do número de ferramentarias no Brasil. “Esse não é um fenônemo nacional”, frisa. Esse filme já passou em termos países. “Na Europa, ano a ano vem diminuindo o número de ferramentarias. Nos Estados Unidos, o setor diminuiu a olhos vistos”, afirma.
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