Protestos

Depois de um mês dos protestos que fez tremer o Brasil (pelo menos a classe política) as manifestações ocorrem aqui e ali, apesar de menor expressão, mas firmes, contundentes. No Rio de Janeiro,RJ, o governador Cabral vive um verdadeiro inferno astral, pois os protestos de menor expressão ainda se mantém no quarteirão onde vive no Leblon. Um governador que se achava o dono da cocada doce viajando em aviões particulares e transportando a família e até cachorro com helicóptero do governo agora é alvo da população carioca que não aceita mais este tipo de comportamento. E parece que o Brasil inteiro já não aceita mesmo esse comportamento de se locupletar no poder e nada republicano de políticos, gestores públicos, que não sabem diferenciar o público do privado. 

A grande questão que se coloca para a sociedade brasileira é a necessidade de reforma política. Plebiscito, referendo, constituinte exclusiva, qual a melhor opção com resultados prático e eficaz? A priori, apesar de obstáculos jurídicos e outros não perceptíveis levantados, consideraria melhor a convocação de uma Constituinte Exclusiva. Não é possível esperar qualquer projeto de reforma de um Congresso sem representatividade, descaracterizado, dessintonizado da realidade brasileira, pois concentrado apenas no exercício político de conteúdo paroquial e  privado.  Essa energia no ar confirma que o povo brasileiro quer de fato ser o agente da transformação. E o Brasil precisa de muitas reformas: política, tributária, fiscal, previdenciária e cultural. A sociedade brasileira precisa se mobilizar para ditar e realizar o que desejaria. 

E os protestos daqui para frente devem ser uma constante no contexto   social do Brasil. É o tão desejado exercício de cidadania realizado de forma intensa e amiúde. Que assim seja sempre!