O tratamento térmico do aço inoxidável AISI 420

Não é nada fácil a execução do tratamento térmico do aço inoxidável AISI 420 para a empresa que recebe este material tão somente com a identificação: aço 420. A dificuldade não está na manipulação dos parâmetros de processo, mas sim em conhecer a efetiva composição química desse aço para fazer a correta seleção destes mesmos parâmetros. O aço inoxidável AISI 420 deve ser caso único de mercado com extensa variação na composição química, especialmente para o elemento carbono, principal responsável pela dureza na têmpera. O elemento cromo e outros elementos químicos pouco impactam na dureza, sendo adicionados para melhorar específicas propriedades, tais como "polibilidade", "resitência a desgaste", "fadiga", "corrosão", etc...
Poderia citar alguns exemplos de norma DIN para os aço AISI 420, quais sejam: DIN 1.4034 e 1.4021. Essas normas apresentam variação para o elemento carbono, sendo 1.4034 com carbono em torno de 0,50%, enquanto 1.4021 tem carbono com 0,25%, aproximadamente. Essa variação do lemento carbono mostra o impacto que tem no tratamento térmico para a propriedade dureza e seleção dos parâmetros de austenitização / revenimento. Dessa forma, pode-se afirmar que é necessário conhecer a aplicação e exigencias desta para a seleção correta do aço com vistas a maximizar as propriedades mecânicas. Os fabricantes de aços podem ajudar nesse aspecto, assim como as empresas que executam o tratamento térmico.
Caberia ainda acrescentar que os fabricantes de aços interpretamm a norma AISI para o aço 420 e criam a sua própria marca comercial convencional para o mercado. Podem também disponibilizar outras marcas do AISI 420 de composições químicas diferentes para o elemento carbono, cromo e outros elementos químicos com distintos apelos de marketing técnico.
O fato principal a ressaltar aqui é a dificuldade para quem executa o tratamento térmico conhecer efetivamente de qual tipo de aço AISI 420 se estaria manipulando. Não se poderia simplesmente considerar o tipo convencional e esperar resultados que não podem ser alcançados. Muito comum a aquisição de um aço AISI 420 com carbono próximo do limite inferior previsto por esta norma (0,15%) e esperar dureza da ordem de 50 HRC. Não será possível alcançar esse valor!
Projetista, usuário, fabricante do aço e responsável pelo tratamento térmico precisam manter canais de comunicação abertos para evitar resultados indesejáveis. Para essa situação a Isoflama se adianta e disponibiliza aos interessados em conhecer melhor esse assunto específica literatura técnica. Solicitação via "e-mail" < vendramim@isoflama.com.br >

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