Brasil, país do futuro

Não teria competência sociológica para realizar análises desse tema que todo brasileiro já ouviu em algum determinado momento da vida.  “Brasil, país do futuro”, nome de livro do grande escritor “Stefan Zweig”, de quem soube observar, sentir e viver o Brasil, mas quando este futuro chegaria? Difícil não associar à visão de se caminhar rumo ao horizonte para alcançar algo que nunca se alcançaria.  Em novembro, 2012, o Brasil mostrou notícias, tais como:
  • Carga tributária, custos elevado do dinheiro e perda da produtividade afetam a competitividade do Brasil (do Núcleo de Inovação e Competitividade da Fundação Dom Cabral);
  • Confiança da  indústria brasileira cai 0,8% em novembro e fica  em 105,2 pontos.  A Fundação Getúlio Vargas disse que o resultado decorreu, principalmente, da diminuição do otimismo em relação  aos meses seguintes;
  • A economia assistiu redução do  peso da produção da indústria e perdeu mercado para importados nos últimos  dois  anos;
  • O Brasil é o quarto país da  América  Latina que mais tirou pessoas da pobreza entre 2002 e  2011.  A população brasileira abaixo da linha da pobreza passou de 37,5% do total em 2001 para 20,9% em 2011. Já na Argentina, que liderou a quantidade de pessoas tiradas desta condição, a porcentagem passou de 34,9% para 5,7%.
  • O nível de emprego atingiu o nível mais elevado. O Brasil tem gerado muitos   empregos de mão de obra sem qualificação, de baixo valor agregado.
Do primeiro item acima: “competitividade, custo do dinheiro e carga tributária” poderia afirmar, sem riscos de falso juízo, que não se reclamaria para o tamanho “carga tributária”, mas a maneira como se aplicaria e apuraria os tributos. Não é   novidade afirmar que a população da base da pirâmide sócio econômica paga muito mais impostos e recebe em troca pífios serviços públicos. A injustiça nesse campo é tamanha que mexer nisso teria o peso de uma revolução. Quem no Brasil hoje teria vontade política e, principalmente, coragem para realizar um rearranjo da tributação com vistas a facilitar a apuração e distribuí-los de forma mais justa?  A “bíblia” da tributação hoje dá margem para funcionários públicos de quaisquer níveis - municipal, estadual e federal – dar o toque de sua interpretação pessoal e, até, margem para a corrupção.  O empresário hoje dedica 30% do seu tempo útil, no mínimo, fazendo o serviço do Estado para não contrair um passivo fiscal quando poderia se dedicar ao negócio.  
Concluindo, investimentos massivos em educação – com forte impacto na cidadania e tudo associado – e reforma tributária urgente são demandas urgentes hoje, entre outras, para  aproximar o Brasil desse futuro distante anunciando  “dias melhores”, como preconizava “Stefan  Zweig”,  porém, assim  como este, receio morrer apenas visando o horizonte.

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