2013 começa nublado

Nunca a percepção popular "o ano começa depois do carnaval" parece tão verdadeira quanto em 2013.  Essa percepção não tem se confirmado nos últimos oito (8) anos e poderia cair no esquecimento não fosse o final de 2012, dezembro, com desaceleração da produção no setor metal mecânico que avançou por todo o mês de janeiro. As consultas às empresas que integram esse segmento industrial sinalizariam que isso deve continuar por todo o mês de fevereiro...
O governo anuncia redução dos custos de energia incrementando a participação das termoelétricas na matriz  energética que tem maior custo e impacto ambiental. Não há uma campanha pela redução da energia, ou utilização desta com racionalidade. Essa conta deve crescer mais à frente e bater no cidadão, em todos os aspectos.
Operar no ambiente de concorrência e custos com curva ascendente, além de inflação num perigoso nível, é possível encontrar empresas adotando a política comercial de reduzir preços na tentativa suicida de garantir a sobrevivência com a subsequente expectativa de levar o concorrente direto à falência.  Isso é que é literalmente política de "dar tiro no próprio pé".  O mundo capitalista está numa transição de "analógico" para "digital" e as praticas comerciais de muitas empresas no Brasil focam o século XIX, pré analógico, vislumbrando nisto a possibilidade de escapar de uma crise adotando, desesperadamente, a deletéria prática do "tirar vantagem". Se o Estado mais presente como agente "facilitador" na criação de legislação tributária, por exemplo, mais simples, ágil, com agentes públicos competentes e honestos, e  supervisionar, investigar, muitas práticas "heterodoxas" nas relações comerciais não seriam possíveis. A ausência do Estado nesse aspecto contamina o ambiente competitivo e permite livre curso dessas práticas "heterodoxas" que sabotam as relações comerciais. O Estado deve estar presente não para tutelar, mas para afirmar e expandir a cidadania nas relações comerciais.    
Quebrar os paradigmas vigentes e compreender o macroambiente digital de que a concorrência é saudável e fundamental para crescer. Assim como no esporte onde o atleta valoriza a vitória quanto mais importante o seu oponente.
O ano 2013 parece querer exigir muito suor, ductilidade e criatividade para se manter no mercado e avançar. A conferir no final do ano.

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