Com a calça na mão

Com a calça na mão, ou trabalhando para pagar o almoço, é mais ou menos assim que o segmento "ferramentaria" de construção de moldes e matrizes parece trabalhar. Essa impressão ocorre em razão de muitas empresas desse segmento não cumprirem a agenda de pagamentos conforme previsto em contrato para a rede de fornecedores.  Essas "ferramentarias" justificariam que o "contratante" dos serviços não cumpre a agenda de pagamentos e, consequentemente, forma-se o denominado "efeito dominó", ou seja, penalizando os credores nessa rede. Seria o caso de perguntar: é justo isso? A resposta estaria na condição comercial draconiana imposta às ferramentarias pelos interessados na aquisição de moldes, por exemplo, de injeção de alumínio.
A pergunta que se faria é por que as muitas "ferramentarias" aceitam essas condições draconianas para produzir moldes? O contratante conseguiria impor essas mesmas condições comerciais para a importação de moldes?  Sabe-se que para importar os moldes uma boa parcela é paga antecipadamente, sendo quase completamente pago quando este entrar no Brasil. Mas esta mesma e confortável situação não estaria colocada para as empresas nacionais que precisariam tirar do próprio bolso os recursos, ou financiamento, para o aço, projeto, construção, processos térmicos e termoquímicos e "try-out".  Na realidade seriam as empresas dessa rede de fornecedores - fabricantes de aços e prestadores de serviços de processos térmicos e termoquímicos - que, geralmente, financiariam parte do molde para quem não precisaria e não deveria ser financiado: o dono do molde.  E o dono do molde todos sabemos são as empresas multinacionais de fabricação de automotivos. A manutenção dessa injusta e aética condição ocorre porque se exercitaria mínima cidadania nas empresas do segmento "ferramentaria". Dá muito trabalho se organizar para produzir um conjunto mínimo e base de condições comerciais permeando todas as empresas do segmento de construção de moldes. Pegando a crítica da esquerda latino americana contra o imperialismo (USA) à época do embate Leste x Oeste (capitalismo vesus comunismo), qual seja "ficar de quatro, dar o cu e pedir desculpa".  Em mundo cada vez mais globalizado e em permanente mutação, principalmente neste momento que testemunhamos a transformação do ambiente de trabalho, relacionamentos e comercial, do analógico para o digital não é justo, suportável, trabalhar para pagar o almoço e se manter sempre na condição de "calça na mão.  Hoje, tem-se um ambiente de stress (negativo) permanente. Contudo, um bom ambiente para se construir esse projeto de unidade da rede de construtores de moldes seria no "Moldes ABM".  Basta, vamos mudar isso!

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