O(B-S)ama que não ama ninguém

O mundo, grande parte da população americana e vítimas do terrorismo manifestaram comoção e alívio com a morte de Osama. Compreensível. Como reconhece Obama, o povo americano não esqueceu 11 de setembro. No entanto, a maneira como conduzido o assassinato de Osama pelo Estado USA também causa apreensão e desconforto em relação aos valores da civilização ocidental judaico-cristã. A ação americana enfraqueceria os valores da Cidadania e das instituições multilaterais. A invasão de um país para uma ação militar revela a genética de formação da belicosa cultura americana que não hesita em utilizar a política do “big stick” para impor e garantir a expansão dos interesses americanos. Vide os vários exemplos de suporte às ditaduras na América Latina, Oriente Médio e África. As recentes manifestações árabes de democracia são alvissareiras e confirmam a equivocada política externa americana que tanta desgraça causa pelo mundo....
Dessa forma, a queda das torres gêmeas deveria servir para uma profunda reflexão da política externa americana. Não se poderia relativizar que Osama é produto americano e que uma vez “abandonado à própria sorte no Afeganistão” se utilizou de leitura enviesada do Alcorão e de tradicional tensão “cristianismo versus islamismo” para fomentar ódio à cultura ocidental, em especial aos EUA. Portanto, o melhor que EUA poderia ter feito, aliás é dever do Estado, teria sido exercitar cidadania e, junto com o Paquistão, prender e levar Osama a um julgamento em corte internacional. Infelizmente, o mundo é governado por medíocres!
Uma vez nascido, "ninguém é inocente no mundo em que vivemos", como reconhecia São Thomas de Aquino, sec.XIII.

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